sexta-feira, 30 de outubro de 2009

I'm not used to be interrupted

A disciplina continua a ser essencial para o ensino:





quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Estado de espírito

Embora tenha passado muito tempo desde que actualizei este blog, não há muito a acrescentar.
A crise passou a fazer parte do ordinário, a gripe A tornou-se uma obsessão, continuamos a ouvir (e quase a acreditar) que o absolutismo é democracia.
Respondo rapidamente a cada uma destas três afirmações de uma forma muito pessoal:

Não me recordo de ouvir alguém satisfeito antes da crise se instalar;
Não me lembro de ver tanta gente a lavar as mãos depois de ir mijar;
Não me revejo em nenhuma opção política, por isso, não me queiram encher os ouvidos com conversa de merda.

No Alarms, no Surprises, porra.



~

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tears In The Sky

Deve ser das canções que mais difícil foi conceber.

Passam hoje onze anos desde o momento que a originou, e logicamente, sempre senti e ainda sinto dificuldade em encarar. Na altura, era capaz de não ligar importância e achar mesmo piroso falar acerca de alguém que parte, visto que destes exemplos está o mundo da música cheio. Logicamente, hoje consigo compreender melhor quem o fez, e a dificuldade que poderá ter tido em expôr os seus sentimentos, porque diga-se de passagem, é necessário coragem. Muita coragem.
Tenho duas referências de canções que o meu pai me deixou, uma numa manhã de Primavera, outra quando decidi aprender a tocar guitarra: Massachussets, dos Bee Gees, e House of The Rising Sun, dos Animals.
Nesse dia, ouvi estes dois temas, exactamente nos momentos nos quais mais estava a precisar de conforto. Coincidência? Talvez, mas de qualquer forma suficiente para conseguir aguentar os momentos seguintes.
Passados mais de três anos, considerei que seria o momento de tentar passar para o papel todos os fantasmas. A letra inicial era bem maior, também mais directa em relação ao que sentia, mas por uma questão de enquadramento e falta de capacidade minha em a transpor musicalmente, acabei por optar em encurtar, com a repetição da frase "everything's alright", tal como o conforto que senti e ainda hoje vou sentindo ao recordar o momento, e também ao senti-lo parcialmente repetido noutras ocasiões cruciais.

De Laugh My Tears
De Laugh My Tears

Tears in The Sky

They say it’s the evening calling
They say it’s you
They think when the wind keeps blowing
They say it’s you
And I won’t forget the tears in the sky
I know life has an end, God knows how I try

I can’t see an end, and I won’t pretend
That everything’s alright
You watch me above, send me your love
And I will be alright

They’re trying to show me something
They show me a foolish meaning
They say it’s you
And I won’t forget the tears in the sky
Please hold me and send the tears I will cry

I can’t see an end, and I won’t pretend
That everything’s alright
You watch me above, send me your love
And I will be alright

Everything’s alright...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pensamentos

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta

A. Einstein

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Deolinda

Esporadicamente, tenho ouvido o tema na rádio, e consegue aquela proeza de ficar no ouvido, e acabo por dar comigo a repetir "fon fon fon", mesmo sem conhecer o raio da letra. Um momento simples e alegre.


Deolinda - Fon Fon Fon

Olha a banda filarmónica,

a tocar na minha rua.
Vai na banda o meu amor
a soprar na sua tuba.
Ele já tocou trombone,
clarinete e ferrinhos,
só lhe falta o meu nome
suspirado aos meus ouvidos.

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“...Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e o meu coração rendido
só responde - fon-fon-fon -
com ternura e carinho.

Os meus pais já me disseram:
“Ó Filha, não sejas louca!
As Variações de Goldberg
p’lo Glenn Gould é que são boas!”
Mas a música erudita
não faz grande efeito em mim:
do CCB, gosto da vista;
da Gulbenkian, o jardim.

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e cá dentro soam sinos!
No meu peito - fon-fon-fon -
a tuba é que me dá ritmo.

Gozam as minhas amigas
com o meu gosto musical
que a cena é “electroacústica”
e a moda a “experimental”...
E nem me falem do rock,
dos samplers e discotecas,
não entendo o hip-hop,
e o que é top é uma seca!

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e, às vezes, não me domino.
Mando todos - fon-fon-fon -
que ele vai é ficar comigo!

Mas ele só toca a tuba
e quando a tuba não toca,
dizem que ele continua;
que em vez de beijar, ele sopra...

Toda a gente - fon-fon-fon -
só desdizem o que eu digo:
“... Que a tuba - fon-fon-fon -
tem tão pouco romantismo...”
Mas ele toca - fon-fon-fon -
e é a fanfarra que eu sigo.
Se o amor é fón fón fón
que se lixe o romantismo!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tenho recordações de criança, num verão quente, numa praia da Arrábida, e de ouvir esta música soar através de colunas de som espalhadas ao longo da linha da praia, criando um eco que quase parecia natural. Lembro-me também de estar com um sorriso idiota na cara, a tentar reproduzir o que ouvia, embora na altura não fizesse a mínima ideia do que Bryan Ferry estava para ali a dizer, simplesmente gostava do que estava a ouvir.




Sempre que volto a ouvir esta música, transporto-me no tempo para aquele momento em que era pequeno, num verão quente, numa praia da Arrábida ouvir através de colunas de som espalhadas ao longo da linha da praia, e continuo com um sorriso idiota na cara.